As três categorias de sintomas do TDAH incluem o seguinte:
Desatenção
Curto período de atenção para a idade (dificuldade em manter a atenção); dificuldade em ouvir os outros; dificuldade em prestar atenção aos detalhes; facilmente distraído; esquecimento; habilidades organizacionais deficientes para a idade; habilidades de estudo pobres para a idade.
Impulsividade
Interrompe os outros frequentemente; tem dificuldade em esperar a sua vez na escola e / ou nos jogos sociais; tende a responder abruptamente em vez de esperar para ser chamado; assume riscos frequentes, agindo sem pensar.
Hiperatividade
Parece estar em constante movimento; corre ou escala, às vezes sem objetivo aparente, a não ser se movimentar; tem dificuldade em permanecer no seu lugar quando é esperado que a criança fique sentada; agita com as mãos quando está no seu lugar; agita-se excessivamente; fala excessivamente; tem dificuldade em participar de atividades silenciosas; perde ou esquece as coisas repetidamente; Incapacidade de permanecer na tarefa; muda de uma tarefa para outra sem concluir nenhuma delas.
Os sintomas de TDAH podem ser confundidos com problemas emocionais ou disciplinares, ou podem ser completamente ignorados em crianças calmas e bem comportadas, levando a um atraso no diagnóstico.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. É caracterizado por desatenção, impulsividade e, em alguns casos, hiperatividade.
É normal ter alguma desatenção, atividade motora sem foco e impulsividade, mas para pessoas com TDAH, esses comportamentos são mais graves, ocorrem mais frequentemente, interferem ou reduzem a qualidade de como elas funcionam socialmente, na escola ou no trabalho.
Os sintomas do TDAH podem mudar com o tempo à medida que a pessoa envelhece.
Em crianças pequenas com TDAH, a hiperatividade-impulsividade é o sintoma mais predominante.
Quando uma criança atinge o ensino fundamental, o sintoma de desatenção pode se tornar mais proeminente e levar a criança a ter problemas acadêmicos.
Na adolescência, a hiperatividade parece diminuir e pode aparecer mais frequentemente como sentimentos de inquietação ou impaciência, mas a desatenção e a impulsividade podem permanecer. Muitos adolescentes com TDAH também lutam com relacionamentos e comportamentos antissociais.
Na idade adulta permanece a desatenção, inquietação e impulsividade.
Para crianças nessa faixa etária, é importante aumentar constantemente a complexidade dos jogos e atividades.
Jogos de cartas e tabuleiro
Qualquer jogo que envolva estratégia fornece uma prática importante para manter movimentos complicados em mente, planejar muitos movimentos à frente e, em seguida, ajustar os planos – tanto em resposta aos resultados imaginários quanto aos movimentos dos oponentes. Com a prática, as crianças podem desenvolver a memória de trabalho e a flexibilidade cognitiva.
Um jogo clássico para duas pessoas é o xadrez, que pode ser jogado amistosamente ou profissionalmente. Trata-se de uma atividade divertida e que ainda contribui para o desenvolvimento cerebral dos jogadores
Outros jogos de tabuleiro que apesar de antigos ainda fazem sucesso entre as pessoas: Ludo, Dama e Banco Imobiliário.
Batalha naval é um jogo de tabuleiro de dois jogadores, no qual os jogadores têm de adivinhar em que quadrados estão os navios do oponente. Ganha quem derrubar todos os navios adversários primeiro. Faixa etária: a partir de 10 anos. Requer alto nível estratégico.
Uno, jogo de cartas para crianças maiores de 7 anos. O objetivo do UNO é ser o primeiro jogador a ficar sem cartas na mão.
Os quebra-cabeças
Os quebra-cabeças que exigem que as informações sejam mantidas e manipuladas na memória de trabalho podem ser desafios terríveis.
Quebra-cabeças espaciais clássicos como o Cubo de Rubik exigem que as crianças sejam mentalmente flexíveis e considerem as informações espaciais na concepção de soluções potenciais.
Palavras cruzadas
As palavras cruzadas estão disponíveis para todos os níveis de habilidade e se baseiam na manipulação de letras e palavras na memória de trabalho, bem como na flexibilidade cognitiva.
Sudoku oferece um desafio semelhante, mas funciona com números e equações em vez de letras e palavras.
Os jogos de tabuleiro podem exercitar as funções executivas e as habilidades de autorregulação das crianças e permitir que elas pratiquem essas habilidades de maneiras diferentes.
Como um aspecto importante do desenvolvimento dessas habilidades é ter um desafio constante, é importante escolher jogos que sejam exigentes, mas não muito difíceis para cada criança.
Através da elaboração de estratégias, a memória de trabalho da criança, o controle inibitório e a flexibilidade trabalham em conjunto para manter o jogo, seguindo as regras.
Fonte: Center on the Developing Child Harvard University
Assista ao vídeo sobre atividades para desenvolver funções executivas em crianças de 5 a 7 anos, no YouTube:
As funções executivas e as habilidades de autorregulação das crianças crescem em ritmo acelerado durante esse período, por isso é importante adaptar as atividades de acordo com as habilidades de cada criança.
As crianças mais novas precisam de muito apoio nas regras e estruturas de aprendizagem, enquanto as crianças mais velhas podem ser mais independentes. Quando a criança parecer pronta, tente reduzir o apoio que você oferece.
Brincadeiras de imaginação
Nessa faixa etária, as crianças estão aprendendo a brincar cooperativamente e, com frequência, regulam o comportamento umas das outras – um passo importante no desenvolvimento da autorregulação.
Contar e encenar histórias
As crianças praticam manutenção e manipulação de informações na memória operacional.
Atividades físicas
Fonte: Center on the Developing Child Harvard University
Assista ao vídeo sobre atividades para desenvolver funções executivas em crianças de 3 a 5 anos, no YouTube:
Durante esse estágio de desenvolvimento, as crianças estão desenvolvendo rapidamente suas habilidades linguísticas. A linguagem desempenha um papel importante no desenvolvimento da função executiva e da autorregulação.
Brincadeiras e músicas
Arremessar e pegar bolas, andar sobre uma linha traçada no chão, subir e descer uma inclinação, saltar, andar sobre uma plataforma, correr até um determinado lugar e voltar, etc.
Músicas que envolvem a execução de gestos são um desafio para a atenção, a memória de trabalho e o controle inibitório.
Conversa e contação de histórias
Assistir e narrar a brincadeira que está acontecendo; contar histórias sobre eventos compartilhados; falar sobre os sentimentos (essas conversas podem apoiar o desenvolvimento da regulação emocional, que é essencial para o envolvimento da função executiva).
Jogos de correspondência / classificação
Classificar objetos seguindo uma regra determinada (e.g, forma, cor, tamanho); quebra-cabeças (exigem atenção às formas e cores).
Fonte: Center on the Developing Child Harvard University
Assista ao vídeo sobre atividades para estimular as funções executivas em crianças de 1 ano e 6 meses a 3 anos, no YouTube:
Conjunto de processos cognitivos que possibilitam ao indivíduo perceber e responder aos estímulos do ambiente, gerenciar e antecipar ações e comportamentos, mudar a direção de pensamentos e comportamentos quando necessário, antecipar e planejar metas.
As funções executivas são fundamentais para a criança realizar suas atividades cotidianas e escolares, pois permitem que ela consiga focar a atenção e selecionar e inibir informações de acordo com uma situação específica.
Tais funções são plenamente desenvolvidas apenas no ser humano e têm como principal base neurológica o córtex pré-frontal (Goldberg, 2002).
As principais habilidades de funções executivas são:
a) flexibilidade cognitiva: capacidade em alternar o foco, mudar de atividade ou de planos, de acordo com a necessidade.
b) controle inibitório: capacidade de pensar antes de agir, de suprimir comportamentos impulsivos em função de um objetivo.
c) memória de trabalho: capacidade de se armazenar temporariamente as informações e as incorporar a outros estímulos do meio ambiente.
Assista ao vídeo sobre Funções Executivas, no YouTube: