Como criar uma sala de aula sensorialmente inteligente: Audição e Olfato

Audição

A sala de aula pode ser um lugar muito barulhento.

A criança com hipersensibilidade pode precisar de ajuda extra para bloquear os sons de seus colegas, sons da rua, de crianças no corredor.

Por outro lado, uma criança com hiposensibilidade pode estar propensa a fazer ruídos repetitivos, falar muito alto.

O que fazer para ajudar?

Muitas vezes a criança não ouve o que você diz, por causa da confusão verbal. Chegue ao nível dos olhos da criança, e certifique-se de que ela está olhando para você. Se necessário, coloque uma mão gentilmente no ombro para chamar sua atenção.

O ruído pode ser perturbador. Use música de fundo apenas para definir horas do dia, ou diminua o volume caso queira usá-la por mais tempo.

Forneça protetores de ouvido ou fones de ouvido antigos (sem os fios) para ajudar a bloquear o ruído.

Use tapetes e cortinas para diminuir os ecos.

Um ruído branco*, como um ventilador ligado, pode ajudar a bloquear as distrações de outras salas de aula, especialmente durante o tempo de silêncio.

*Ruído branco – É um som que emite frequências na mesma potência; não há variação de intensidade ou altos e baixos. Ele cria uma barreira sonora para abafar sons vindos de fora.

Olfato

Embora essa área geralmente esteja fora de nosso controle, existem algumas coisas que você pode fazer por uma criança sensorial para ajudar com os odores que ocorrem no dia a dia.

Evite usar loções e perfumes muito intensos.

Use um difusor de óleo para ajudar a introduzir suavemente aromas calmantes (lavanda, lilás, menta) ou aromas excitantes (laranja, limão, alecrim).

Use algumas gotas de óleos essenciais em diferentes bichos de pelúcia ou almofadas.

Mantenha eliminador de odores à mão, e um ventilador para o caso de alguns odores desagradáveis repentinos.

Fonte: Ms. Jamie White – Play to Learn Preschool in Leesburg, VA

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Como criar uma sala de aula sensorialmente inteligente: Visão

Visão

Nossos sentidos nos fornecem informações constantes sobre o mundo ao nosso redor. Para em uma criança com Transtorno de Processamento Sensorial, tanto o cérebro, quanto o sistema nervoso apresentam dificuldades para processar estímulos do ambiente e os sentidos. 

As salas de aula típicas da pré-escola estão repletas de cores vivas, o que pode ser um problema para uma criança com Transtorno de Processamento Sensorial.

Felizmente, existem algumas mudanças fáceis que você pode fazer para ajudar suas crianças sensíveis aos sentidos – e elas irão beneficiar todas as crianças em sua sala de aula.

Escolha cores naturais, como azuis, verdes e marrons, em vez de cores primárias brilhantes. Estudos mostram que isso é realmente melhor para a maioria das crianças, especialmente para aquelas com diagnóstico de neurodiverso, como autismo ou TDAH.

Limite o número de cartazes a quadros de avisos ou use áreas definidas. Deixe alguns espaços em branco nas paredes, para que as crianças com superestimulação visual possam encontrar um lugar para descansar os olhos.

Armazene os materiais em caixas grandes e de cor sólida ou guarde-os em um armário. Certifique-se de que estejam claramente identificados, caso as crianças sejam responsáveis ​​por retirá-los e guardá-los.

Use luz natural e evite iluminação fluorescente sempre que possível. Se você precisar usar lâmpadas fluorescentes, diminua a intensidade. Alguns professores colocam um tecido ao redor (sem tocar) nas lâmpadas para diminuir as luzes excessivamente brilhantes.

Os tapetes podem ajudar a definir visualmente os espaços.

As cortinas também podem ajudar a bloquear a luz extra do exterior.

Uma programação visual ou de imagens para não leitores pode ser maravilhosa, para que as crianças saibam “o que acontecerá a seguir”.

Fonte: Ms. Jamie White – Play to Learn Preschool in Leesburg, VA

Fotos: Pexels

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Compreendendo os problemas de processamento sensorial

O que é processamento sensorial?

“O processamento sensorial refere-se à nossa capacidade de captar informações através dos nossos sentidos (tato, movimento, olfato, paladar, visão e audição), organizar e interpretar essas informações e dar uma resposta significativa”. (Instituto Inclusão Brasil)

O processamento sensorial é dividido em oito tipos principais:

Propriocepção – Este é o sentido “interno” de consciência que temos do nosso corpo. É o que nos ajuda a manter a postura e o controle motor, por exemplo. É também o que nos diz sobre como estamos nos movendo e ocupando o espaço.

Vestibular – Este termo se refere ao reconhecimento espacial do ouvido interno. É o que nos mantém equilibrados e coordenados.

InterocepçãoEsta é a sensação do que está acontecendo em nosso corpo. Pode ser melhor entendido como você “se sente”. Isso inclui se sentimos calor ou frio e se sentimos nossas emoções.

Cinco sentidosPor último, existem os 5 sentidos comuns – tato, audição, paladar, olfato e visão.

Problemas de processamento sensorial

Problemas de processamento sensorial são dificuldades em organizar e responder às informações que chegam por meio dos sentidos. Esses problemas, às vezes chamados de distúrbio do processamento sensorial ou distúrbio da integração sensorial, podem ter um grande impacto no aprendizado e na vida cotidiana.

Existem dois tipos de desafios de processamento sensorial, e muitas crianças experimentam uma mistura dos dois: hipersensibilidade e hiposensibilidade.

1- Hipersensibilidade: faz com que as crianças tentem evitar as sensações que consideram intoleráveis. Certos sons, imagens, cheiros, texturas e sabores podem criar uma sensação de “sobrecarga sensorial”. Luzes brilhantes ou cintilantes, ruídos altos, certas texturas de comida e roupas ásperas são apenas alguns dos gatilhos que podem fazer as crianças se sentirem sobrecarregadas e desorientadas.

Maneiras de ajudar

  • Estratégias como remover etiquetas de roupas, diminuir a intensidade das luzes ou usar fones de ouvido com cancelamento de ruído.
  • Espaços silenciosos e aviso prévio sobre mudanças de rotina, ou de ruídos altos, como alarmes de incêndio.
  • Fidgets (brinquedos sensoriais que tem o objetivo de estimular o bem estar através do toque e sons). 

2- Hiposensibilidade (pouca sensibilidade): Isso faz com que as crianças tenham uma busca sensorial. As crianças não fogem da sensação; elas a buscam incessantemente. Elas podem querer tocar em coisas e sentir contato físico e pressão (abraço de urso, bem apertado). Elas também podem ser pouco sensíveis à dor e ter uma tolerância excepcionalmente alta a ela. É por isso que podem não entender se estão machucando alguém.

Os problemas de processamento sensorial

  • São reais: algumas pessoas são muito mais – ou muito menos – sensíveis do que outros, ao que ouvem, veem, cheiram, provam ou tocam.
  • Podem ser angustiantes: a sobrecarga sensorial pode levar a colapsos sensoriais
  • São, muitas vezes, mal compreendidos: o problema com o processamento sensorial não significa que uma criança é “difícil” ou “exagerada”.
  • Quando fornecidas as estratégias adequadas, as crianças podem prosperar.
  • Problemas de processamento sensorial não são causados por uma falta de disciplina ou resistência.

Fontes:

  • Understood.org
  • Healthline

Fotos: Pixabay

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Adaptações em sala de aula para ajudar alunos com discalculia

Foto: Understood.org
  • Verifique o que o aluno já aprendeu, antes de ensinar um novo conteúdo
  • Pedir para que o aluno fale como resolver um problema
  • Incentive o aluno a fazer tabelas ou esquemas para resolver problemas
  • Deixe que o aluno desenhe problemas matemáticos. Por exemplo: se precisar resolver a multiplicação 6 x 4, o aluno pode desenhar 6 grupos com 4 maçãs em cada um.
  • Permita o uso da tabuada e calculadora
  • Use papel quadriculado para alinhar os números
  • Dê ao aluno uma lista de fórmulas matemáticas ensinadas em classe, para consulta
  • Use materiais que o aluno possa manipular, como botões, blocos, quebra-cabeça
  • Dê tempo adicional nas avaliações
  • Nas folhas de avaliação, deixe mais espaço para escrever problemas e soluções
  • Estabelecer critérios em que, por vezes, o aluno possa ser submetido a prova oral, desenvolvendo as expressões mentalmente
  • Use organizadores gráficos para organizar as informações ou ajude a dividir os problemas matemáticos em etapas.

Fonte: Amanda Morin – Understood.org

(Amanda Morin – worked as a classroom teacher and as an early intervention specialist for 10 years. She is the author of The Everything Parent’s Guide to Special Education. Two of her children have learning differences)

Discalculia

Discalculia é uma deficiência matemática em que uma pessoa tem dificuldade incomum em resolver problemas aritméticos e compreender conceitos matemáticos.

As pessoas não superam a discalculia. Crianças que têm dificuldade com matemática podem continuar tendo dificuldades até a idade adulta. Mas existem estratégias que podem ajudá-las a melhorar suas habilidades matemáticas e gerenciar os desafios.

A dificuldade com a matemática ocorre em todos os níveis. Pode ser tão difícil aprender adição quanto aprender álgebra. Conceitos básicos como quantidades também podem ser um desafio. É por isso que a discalculia pode dificultar as tarefas diárias. Cozinhar, fazer compras no mercado e chegar a tempo aos lugares envolvem essas habilidades matemáticas básicas, conhecidas como senso numérico.

Existem diferentes nomes para discalculia: “dificuldade de aprendizagem da matemática” é uma deles; “distúrbio de aprendizagem da matemática” é outra. Algumas pessoas chamam isso de “dislexia matemática” ou “dislexia numérica”. Isso pode ser enganoso. A dislexia é uma dificuldade para a leitura. A discalculia é uma dificuldade com a matemática.

Outros transtornos que podem ocorrer junto com a Discalculia

O transtorno específico das habilidades matemáticas pode se apresentar isoladamente ou em combinação com outros transtornos específicos de aprendizagem. Aqui estão alguns quadros que muitas vezes aparecem juntamente com a discalculia:

DISLEXIA

As crianças disléxicas podem ter dificuldade com a matemática (discalculia), sobretudo na assimilação de símbolos e em decorar a tabuada. Os pesquisadores descobriram que entre 43% e 65% das crianças com deficiência em matemática também possuem deficiências em leitura.

TDAH

Discalculia e TDAH também podem ocorrer ao mesmo tempo. Algumas vezes, as crianças cometem erros de matemática por conta dos desafios relacionados ao Déficit de Atenção. Elas podem ter problemas para prestar atenção aos detalhes, por exemplo. Por isso, alguns especialistas recomendam a reavaliação das habilidades matemáticas depois de ter os sintomas de TDAH sob controle.

  • By Daniel Ansari, PhDprofessor in developmental cognitive neuroscience at Western University, Canada

Ambiente amigável para dislexia

Um ambiente que promove o progresso educacional permite que os alunos disléxicos floresçam e desenvolvam todo o seu potencial. 

Tal ambiente abrange o uso da palavra dislexia, promove uma compreensão clara e cientificamente válida da dislexia, e fornece suporte e adaptações adequadas, inclusive permitindo o uso de tecnologias assistivas.  

Na sala de aula

Um ambiente de sala de aula amigável à dislexia incentiva os alunos disléxicos a desenvolver seus pontos fortes e interesses. 

Quando os testes são necessários, o professor concede tempo extra ou fornece testes mais curtos para os alunos disléxicos da turma.

Quando um teste de ortografia ou gramática é dado, o professor avalia as habilidades dos alunos disléxicos nessas áreas, mas também trabalha com alunos e pais para desenvolver estratégias adequadas de estudo. Isso inclui, por exemplo, o uso de cores para destacar diferentes partes da palavra e regras gramaticais, ou o uso de flashcards e jogos para ajudar os alunos na memorização da forma correta de escrita das palavras.

Recursos visuais, tecnologia e criatividade ajudam a dar vida à aprendizagem. Quando os professores usam essas estratégias, eles não apenas ajudam os alunos disléxicos a aprender, mas também envolvem e melhoram o aprendizado para todos os alunos da turma.

Além disso, um ambiente amigável à dislexia permite que os educadores estejam atentos aos problemas e identifiquem crianças que possam ser disléxicas.

Fonte: The Yale Center for Dyslexia and Creativity.

Dislexia: Sinais que podem ser observados na Educação Infantil

A dislexia é de natureza hereditária, e já pode ser identificada na Educação Infantil.

Alguns sinais que podem ser observados:

Dispersão; Fraco desenvolvimento da atenção; Atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem; Dificuldade de aprender rimas e canções; Fraco desenvolvimento da coordenação motora; Dificuldade com quebra-cabeças;  Falta de interesse por livros impressos.

Quando os sinais forem identificados, o professor poderá proceder a intervenção, com atividades fônicas lúdicas, brincadeiras, músicas.

Sugestões de atividades

a) Conversas sobre as preferências da criança

b) Solicitar a participação da criança durante as histórias: “O que você acha que aconteceu?”

c) Estimular a criança para que relate o que fez, ou para que conte uma história

d) Leitura de livros com ilustrações atrativas, e textos envolventes

e) Atividades com rimas: músicas, poesia, nomeação

f) Corrigir a fala inadequada de um fantoche. Por exemplo: o fantoche diz: “Eu gosto de jogar jutebol”. A criança deverá perceber o erro e corrigir a palavra: “Eu gosto de jogar futebol”

g) Muitas brincadeiras

O que é dislexia?

A Dislexia do desenvolvimento é considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas. (Definição adotada pela IDA – International Dyslexia Association, em 2002.

Essa também é a definição usada pelo National Institute of Child Health and Human Development – NICHD).

 Não está associada a um baixo nível intelectual; pelo contrário, um disléxico pode revelar padrões acima da média, para a sua faixa etária, noutras áreas que não a leitura.

Quando identificada e tratada desde cedo, é possível dar ao disléxico, condições de criar estratégias para lidar com esta dificuldade, superando alguns obstáculos e minimizando suas consequências.

A identificação precoce e tratamento precoce são fundamentais, para aproveitamento da plasticidade neural da criança.

A dislexia é de natureza hereditária, e já pode ser identificada na Educação Infantil.

Neuroplasticidade e aprendizagem

A primeira infância é um dos períodos de maior importância para o desenvolvimento cognitivo e cerebral da criança. Isso se deve à grande plasticidade neural que auxilia na rápida formação de sinapses, variando de 600 a 800 novas conexões por segundo até os dois primeiros anos de vida. Para que esse desenvolvimento aconteça adequadamente, a criança precisa de um ambiente rico em estímulos positivos.

Segundo Costanzo (2004), durante esses primeiros anos há um refinamento das conexões de acordo com as experiências da criança e o ambiente em que vive. Essas conexões dependem de estímulos específicos para que sejam fortalecidas ou podadas.

É durante primeira infância que o vocabulário se desenvolve. O Vocabulário Receptivo (habilidade de compreender os sons da fala), é a base para a linguagem oral e a alfabetização (Taylor, Christensen, Lawrence, Mitrou, & Zubrick, 2013; Capovilla, Negrão, & Damazio, 2015).

E como podemos enriquecer o ambiente, aproveitando a plasticidade neural da criança, para favorecer o desenvolvimento do vocabulário? Cantando com a criança, conversando e brincando com ela, lendo estórias, nomeando os objetos que estiverem ao redor.

Referências

Capovilla, F. C.; Negrão, V. B.; Damazio, M. (2011). Teste de Vocabulário Auditivo e Teste de Vocabulário Expressivo. São Paulo, SP: Memnon Edições Científicas Ltda (ISBN: 978-85-7954-017-2).

Costanzo, L. S. 2004. Fisiologia. Pp.59-104. Rio de Janeiro: Elsevier Editora.

Domingues, M.A. (2007). Desenvolvimento em aprendizagem. O que o cérebro tem a ver com isso? Canoas: Editora da ULBRA, 2007.

Taylor, C. L.; Christensen, D.; Lawrence, D.; Mitrou, F.; Zubrick, S. R. (2013). Risk Factors for Children’s Receptive Vocabulary Development from Four to Eight Years in the Longitudinal Study of Australian Children. PLoS ONE, 8(9): e73046. doi:10.1371/journal.pone.0073046. (Disponível em: http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0073046. Página acessada em 30 de junho de 2015).

Assista ao vídeo sobre Neuroplasticidade, ou Plasticidade Neural, no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=PZR6OjoRXns&t=26s

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Leia também sobre

Vocabulário Receptivo e Vocabulário Expressivo

Funções Executivas

Dislexia

Discalculia

Compreendendo os problemas de processamento sensorial

Habilidades motoras

Ansiedade

Plasticidade Neural ou Neuroplasticidade

Neuroplasticidade (também conhecida como plasticidade neural) refere-se à capacidade do sistema nervoso de sofrer modificações e adaptações quando exposto a novas experiências. É a capacidade do cérebro de desenvolver novas conexões sinápticas entre os neurônios a partir de novas experiências.

A plasticidade neural é natural e essencial para o aprendizado, para o desenvolvimento das funções neuropsicológicas e motoras do indivíduo.

A plasticidade é maior durante os períodos iniciais de vida e diminui gradativamente ao longo dos anos, porém, ela não se extingue. Por mais que diminua, o potencial de modificação neuronal conferido pela plasticidade permanece na vida adulta.

Períodos críticos (ou janelas de oportunidade) são fases de desenvolvimento, nas quais alguns sistemas neurais estão mais suscetíveis à plasticidade. É o período em que há aumento da potencialidade de desenvolvimento para novos aprendizados.

Ambientes enriquecidos podem prolongar o período de maior plasticidade. Por outro lado, sem ativação neural, o sistema fica em um estado de espera com desenvolvimento inadequado.

Assista ao vídeo sobre Plasticidade Neural, ou Neuroplasticidade, no YouTube.

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