O que é processamento sensorial?
“O processamento sensorial refere-se à nossa capacidade de captar informações através dos nossos sentidos (tato, movimento, olfato, paladar, visão e audição), organizar e interpretar essas informações e dar uma resposta significativa”. (Instituto Inclusão Brasil)
O processamento sensorial é dividido em oito tipos principais:
Propriocepção – Este é o sentido “interno” de consciência que temos do nosso corpo. É o que nos ajuda a manter a postura e o controle motor, por exemplo. É também o que nos diz sobre como estamos nos movendo e ocupando o espaço.
Vestibular – Este termo se refere ao reconhecimento espacial do ouvido interno. É o que nos mantém equilibrados e coordenados.
Interocepção – Esta é a sensação do que está acontecendo em nosso corpo. Pode ser melhor entendido como você “se sente”. Isso inclui se sentimos calor ou frio e se sentimos nossas emoções.
Cinco sentidos – Por último, existem os 5 sentidos comuns – tato, audição, paladar, olfato e visão.
Problemas de processamento sensorial
Problemas de processamento sensorial são dificuldades em organizar e responder às informações que chegam por meio dos sentidos. Esses problemas, às vezes chamados de distúrbio do processamento sensorial ou distúrbio da integração sensorial, podem ter um grande impacto no aprendizado e na vida cotidiana.
Existem dois tipos de desafios de processamento sensorial, e muitas crianças experimentam uma mistura dos dois: hipersensibilidade e hiposensibilidade.
1- Hipersensibilidade: faz com que as crianças tentem evitar as sensações que consideram intoleráveis. Certos sons, imagens, cheiros, texturas e sabores podem criar uma sensação de “sobrecarga sensorial”. Luzes brilhantes ou cintilantes, ruídos altos, certas texturas de comida e roupas ásperas são apenas alguns dos gatilhos que podem fazer as crianças se sentirem sobrecarregadas e desorientadas.
Maneiras de ajudar
- Estratégias como remover etiquetas de roupas, diminuir a intensidade das luzes ou usar fones de ouvido com cancelamento de ruído.
- Espaços silenciosos e aviso prévio sobre mudanças de rotina, ou de ruídos altos, como alarmes de incêndio.
- Fidgets (brinquedos sensoriais que tem o objetivo de estimular o bem estar através do toque e sons).
2- Hiposensibilidade (pouca sensibilidade): Isso faz com que as crianças tenham uma busca sensorial. As crianças não fogem da sensação; elas a buscam incessantemente. Elas podem querer tocar em coisas e sentir contato físico e pressão (abraço de urso, bem apertado). Elas também podem ser pouco sensíveis à dor e ter uma tolerância excepcionalmente alta a ela. É por isso que podem não entender se estão machucando alguém.
Os problemas de processamento sensorial
- São reais: algumas pessoas são muito mais – ou muito menos – sensíveis do que outros, ao que ouvem, veem, cheiram, provam ou tocam.
- Podem ser angustiantes: a sobrecarga sensorial pode levar a colapsos sensoriais
- São, muitas vezes, mal compreendidos: o problema com o processamento sensorial não significa que uma criança é “difícil” ou “exagerada”.
- Quando fornecidas as estratégias adequadas, as crianças podem prosperar.
- Problemas de processamento sensorial não são causados por uma falta de disciplina ou resistência.
Fontes:
- Understood.org
- Healthline
Fotos: Pixabay
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